Sobre o estudo

Sobre o estudo

No momento estamos admitindo pacientes apenas para o projeto de tratamento deste estudo (opcional). Clique aqui para saber mais.

Este estudo internacional multicêntrico investiga como o cérebro de pessoas com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) funciona em comparação com o cérebro de indivíduos saudáveis.

A necessidade de se identificar marcadores cerebrais (bio-assinaturas) robustos do TOC nos levou ao desenvolvimento desse estudo. Trata-se de um estudo de imagem multimodal, de grande poder amostral, realizado em pacientes com TOC bem caracterizados não medicados e indivíduos saudáveis, que transcende países e culturas. As bio-assinaturas identificadas poderão então ser usadas para mapear como a doença se desenvolve e para desenvolver tratamentos personalizados para indivíduos afetados em todo o mundo.

O objetivo a curto prazo deste estudo é identificar assinaturas cerebrais associadas a perfis cognitivos e clínicos comuns em indivíduos com TOC, que sejam reproduzíveis entre países e culturas, alavancando a colaboração global para se recrutar uma amostra não-medicada muito grande e demonstrar a reprodutibilidade desses marcadores.

O objetivo de longo prazo é identificar assinaturas cerebrais de comportamentos mensuráveis ​​e de sintomas clínicos presentes em diversas categorias diagnósticas tradicionais e usar essas assinaturas para transformar a maneira como conceituamos, diagnosticamos e, em última análise, tratamos os transtornos mentais. Este projeto internacional permite que os pesquisadores coletem uma grande quantidade de dados sobre o funcionamento e a estrutura cerebral de pessoas com TOC, contribuindo significativamente para o conhecimento existente sobre o cérebro de pessoas com TOC de diferentes culturas e nacionalidades.

Informações sobre o estudo

Este projeto foi lançado no início de 2018 e será realizado durante um período de 5 anos. Os métodos utilizados para a aquisição de imagens do cérebro incluem a ressonância magnética estrutural (morfometria, ressonância magnética ponderada em T1); uma técnica conhecida como “Difusão Por Tensor de Imagem” (Diffusion Tensor Imaging -DTI) e ressonância magnética funcional no estado de repouso (rs-fMRI). Também são coletados dados clínicos por meio de entrevistas presenciais e questionários de auto-preenchimento.  Serão admitidos 250 adultos com TOC não medicados (18-50 anos, 50 participantes por país) e 250 participantes saudáveis ​​ (mesma idade, 50 por local), ao longo de 5 anos.

Os 5 centros participantes do estudo e seus respectivos investigadores principais são:

  1. U.A .: Columbia Psychiatry (Dr. Blair Simpson)
  2. Brasil: Departamento e Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo, (Dra. Roseli Gedanke Shavitt e Prof. Euripedes Miguel)
  3. Holanda: VU University Medical Center (VUmc) / Amsterdã (Dr. Odile van den Heuvel)
  4. África do Sul: Unidade MRC sobre Risco e Resiliência em Transtornos Mentais (SU e UCT) (Prof. C. Lochner (Universidade de Stellenbosch); Prof. Dan J. Stein (UCT)
  5. Índia: Instituto Nacional de Saúde Mental e Neurociências (NIMHANS), Bangalore (Dr. Janardhan Reddy)

Procedimentos de Estudo:

Após a assinatura do termo de consentimento informado, os participantes são submetidos a uma avaliação psiquiátrica por um clínico treinado (psicólogo ou psiquiatra) e a uma revisão da história pregressa de transtornos alimentares ou transtornos de tiques (incluindo o IMC).

Avaliações: Os participantes são entrevistados com o uso de escalas para se avaliar os tipos e gravidade dos sintomas do TOC, depressão e ansiedade, qualidade de vida e comprometimento funcional. Os participantes também completam questionários de autopreenchimento para se avaliar o QI, as funções cognitivas e mecanismos de processamento de recompensa.

Exames de ressonância magnética: consistem em uma série de aquisições de imagens com duração aproximada de 60 minutos

Análise dos dados

Nossa proposta é investigar os múltiplos circuitos cerebrais implicados nos comportamentos do TOC, por meio da morfometria (usando ressonância magnética ponderada em T1), do estudo da conectividade estrutural (usando DTI) e da conectividade funcional (usando ressonância magnética funcional no estado de repouso – rs-fMRI). O objetivo é identificar as assinaturas de neuroimagem que distinguem os indivíduos com TOC dos controles saudáveis, analisando cada modalidade com protocolos padronizados e utilizando métodos modernos de análise estatística como o aprendizado de máquina (“machine learning”). Os pesquisadores então examinarão como essas assinaturas cerebrais estão relacionadas ao desempenho comportamental em tarefas cognitivas que investigam esses mesmos circuitos, e a uma variedade de perfis clínicos do TOC. Finalmente, será examinada a maneira pela qual características ambientais específicas (ou seja, trauma na infância, situação socioeconômica e religiosidade) podem moderar essa relação cérebro-comportamento.

Participantes

Indivíduos com TOC, irmãos de indivíduos com TOC que não tenham TOC, e controles saudáveis, com idade entre 18 e 50 anos, fisicamente saudáveis ​​e que não tomam medicamentos psicotrópicos, são convidados a participar.

Se você estiver interessado, sua participação incluirá uma entrevista diagnóstica, o preenchimento de questionários e uma avaliação neuropsicológica e de imagem cerebral (ressonância magnética). A participação é voluntária e confidencial, e você pode desistir de participar a qualquer momento.

Se você estiver interessado em participar, por favor clique no link relevante para o seu país:

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